segunda-feira, maio 31, 2010

Sekaiju no MeiQ I & II - Super Arrange Version

Rainbow – Nisha Rokubou no Shichinin

Resumão: No pós 2a Guerra Mundial, um grupo de rapazes fica na mesma cela na prisão onde foram presos por cometer pequenos crimes ou delitos. Não vai ser fácil, principalmente por causa da perseguição de alguns oficiais.

As qualidades:

O fato da história se passar pouco tempo após a 2a Guerra é inovadora e justifica algumas das coisas que vemos aqui.
O cenário conturbado de um pós-guerra é decisivo para causar os delitos de alguns dos garotos.
Afinal, diferenciar um bandido e um "cidadão de bem" fica mais difícil quando soldados e civis fazem absurdos, seguindo seus impulsos primitivos?
Além disso, qual o sentido de manter jovens saudáveis presos quando seu país precisa ser reconstruído? Se bem que eles trabalham lá dentro, e muito.
E como as pessoas se adaptam a esse ambiente, sem ordem, sem emprego? O capitulo explicando a história do Sakuragi com seu pai ex-soldado é muito tocante.

Rainbow é realista para aquela época e situação. Não dá pra transportar isso aqui pro Brasil de hoje.
Por exemplo, os carcereiros querem poder desmandar e abusar,mas tem um bocado de esforço de nao matar diretamente para "ficar na legalidade". Isso dá muito enredo, senão, a historia ficaria assim:
"Esse cara é um incoveniente pra gente"
*Mata o cara*
*Joga o corpo no rio e acabou a historia*

Rainbow tem várias cenas chocantes, mas como o fansub diz, "julgamos que tais cenas são importantes para se entender a mensagem, e não violência gratuita"
Para exemplificar, a cena onde o personagem principal bate em outros caras ficou implícita, pois nao tem nenhum terror psicologico, seria só mais uma cena de pancadaria.
Esqueça a formula do "heroi é salvo no ultimo segundo e nunca tem algum problema irreversível. ISSO é violência, nem sempre tem que ter gore.

Tem alguma cena mais piegas aqui e ali, mas faz parte da mensagem, que é "pode haver amizade e tranquilidade ali, apesar de tudo?".
Se só tivessem cenas pesadas, ia ficar dificil "digerir", seria ser um concorrente forte a Evangelion no quesito "depressão" rs
E se eu estou comparando com Evangelion, meu anime depressivo preferido de todos os tempos, é porque é competente.

Agora, os defeitos:

Uma coisa que me irrita é a relação do policial corrupto com o policial que é mais camarada.
Tudo bem o corrupto forçar o outro a se calar e ameaçar, mas a maneira que isso é executado no anime é meio ridicula. O policial corrupto vai, dá uma bofetada no outro, que fica com cara assustada de "eu quero minha mãe". Faça-me o favor.

A outra coisa é que a perseguição do carcereiro com o Sakuragi deixa de ser jogo de interesse e vira sadismo. Do tipo risadas maléficas quando planeja algo e o cara quase babar de raiva quando dá errado.
Pareceu o artificio manjado do protagonista sofredor pra platéia ficar com pena. Odeio quando o diretor erra na mão e exagera no drama e é por isso que nao gostei de Garota de Ouro.

PS: me lembrei da música Somewhere Over the Rainbow, do Magico de Oz.

quinta-feira, maio 27, 2010

Aldous Huxley - The Human Situation

Finalmente voltei a ler umas coisas mais "parrudas"
Para este retorno, escolhi esse autor porque adoro o seu Admirável Mundo Novo.
Com o título meio pretensioso, o livro fala de diversos assuntos. Qual a importância do individuo para a sociedade? Como conciliar nosso desejo por prazeres mais imediatos e egoistas, e a vontade de fazer algo duradouro para todos? Qual a importância da linguagem para os seres humanos? Como funciona a memória? Enfim, uma mistura danada de temas mas que dá certo.